SAÚDE
Vice-presidente do CRO é agredida por dentista em shopping
SAÚDE

A primeira-secretária e vice-presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MT), Ana Paula da Cunha Barbosa, registrou boletim de ocorrência após ser agredida verbalmente, caluniada por um dentista que a acusou de vazar dados na eleição passada para o conselho, visto que ela nem fazia parte do CRO em 2020. O fato aconteceu no Shopping Estação, em Cuiabá.
Segundo o boletim de ocorrência, ela estava na praça de alimentação do Shopping Estação na última sexta-feira (1º) com o marido, a filha e outras dentistas para uma reunião informal. O dentista F.O.L, apontado como autor das agressões, participava do encontro por ter sido da mesma turma de faculdade.
A vítima e o agressor estavam conversando quando ela citou sua conduta descortês com uma nova funcionária da autarquia que, segundo ele, a funcionária “merecia” tal tratamento por ser “muito despreparada”.
Diante disso, ele então insinuou que ela teria usado dados sigilosos do CRO para campanha eleitoral. A vítima disse que por causa da Lei de Proteção de Dados a acusação não procedia. Nesse momento, ele teria se exaltado quando a vítima se impôs e ainda a ameaçou de agressão física.
O marido de Ana Paula estava no local e, ao impedir que o dentista a agredisse fisicamente, também foi ameaçado: “elevou o tom de voz dizendo que iria dar um murro na boca dele”.
Após a discussão, ainda no shopping, o dentista terminou o seu jantar e teria deixado o local visivelmente alterado.
O dentista F.O.L. fazia parte do grupo de oposição na eleição passada para presidência do CRO-MT, mesma posição de agora.
O caso segue investigado pela Polícia Civil.

SAÚDE
SUS oferece nova vacina a gestantes contra vírus respiratório

O Sistema Único de Saúde vai oferecer para as gestantes uma nova vacina capaz de proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A inclusão do imunizante Abrysvo foi aprovada nesta quinta-feira (13) pela Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS – Conitec.
Cabe ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, planejar a forma e o calendário de vacinação.
O vírus sincicial respiratório é o maior causador da bronquiolite, inflamação dos bronquíolos, que são finas ramificações que levam o oxigênio até os alvéolos dos pulmões. A doença se manifesta de forma grave principalmente em crianças de até dois anos, e também em idosos, causando dificuldade respiratória e podendo levar à morte.
De acordo com dados do último boletim Infogripe, da Fiocruz, neste ano foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave e oito mortes. A transmissão do vírus é maior no inverno, quando há grande aumento de casos e óbitos, a maioria em bebês.
Os testes feitos pela fabricante Pfizer com cerca de 7 mil gestantes demonstraram 82,4% de eficácia da vacina na prevenção de casos graves em bebês de até três meses, e de 70% até os seis meses de idade. A vacinação durante a gestação faz com que a mãe produza anticorpos que são transmitidos ao feto, propiciando que ele já nasça com a proteção.
A Abrysvo foi aprovada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no ano passado, e já está sendo oferecida pela rede particular de saúde. A indicação da Pfizer é de uma dose por gestação, administrada entre as 24 e as 36 semanas de gravidez. A vacina também pode ser tomada por idosos, mas este público não foi contemplado na decisão da comissão.
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações Mônica Levi acredita que a nova vacina trará muitos impactos positivos à saúde infantil.
“Vai diminuir a necessidade de consultas em emergência, de internação, de UTI, de intubação e também o número de mortes. Há também o impacto de longo prazo. Após a primeira infecção pelo VSR, a criança pode ter chiados por algum tempo na sua vida, desencadeado por diversos fatores, principalmente infecção viral. Algumas crianças se tornam asmáticas e outras têm vários episódios de bronquioespasmo, desencadeados pelas alterações que o VSR causa na árvore brônquica.”
A Conitec também aprovou a incorporação de outra tecnologia, voltada para os bebês prematuros, o anticorpo monoclonal nirsevimabe. Diferente das vacinas, o medicamento não estimula a produção natural de anticorpos, mas se constituí em defensor já pronto para evitar a disseminação de um agente infeccioso específico. Por isso, é aplicados apenas em pessoas com sistema imunológico vulnerável, como os bebês prematuros.
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