CUIABÁ
Search
Close this search box.

DEFESA DA MULHER

Defensoria Pública na defesa da Mulher

As dúvidas são recorrentes quanto às atribuições da Defensoria

Publicado em

MULHER

Imagem Internet

As dúvidas são recorrentes quanto às atribuições da Defensoria Pública na defesa das mulheres. O que faz a Defensoria Pública nesta função? Como é realizado o trabalho? Quem são as mulheres que podem fazer uso desse serviço?

A princípio, a Defensoria Pública era entendida como a Instituição a atuar na defesa dos hipossuficientes. Com o passar dos tempos, como não podia ser diferente, a Instituição passou a atuar na defesa dos vulneráveis e das vulneráveis (custus vulnerabilis), sendo promotora dos direitos humanos.

A compreensão quanto aos direitos humanos das mulheres vem acontecendo gradativamente e se firmando com o trabalho realizado pelo NUDEM (Núcleo de Defesa da Mulher), que atua em conjunto com os poderes, instituições, e entidades da sociedade civil que integram a rede de proteção à mulher, e vem sendo reconhecido de maneira positiva pela população.

Rosana Leite Antunes de Barros é defensora pública estadual.

A atribuição da Defensoria Pública é ampla. Além da defesa processual, administrativa, realização de campanhas e palestras informativas, representação dos direitos humanos das mulheres, o atendimento à vítima é primordial para a segurança que necessita. A Defensoria Pública atua junto a conselhos de direitos e comissões, sendo elo junto a sociedade civil organizada.

De outro lado, dilucida o artigo 8º, da Lei Maria da Penha, como uma das políticas públicas de proteção à mulher, a integração operacional do Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público e Poder Executivo na rede de defesa em prol da mulher vítima de violência doméstica.

Algumas mulheres costumam procurar o NUDEM, ou a Defensoria Pública que atua na defesa da mulher, antes mesmo de acionarem a polícia, a fim de terem a certeza de que estão sendo vítimas de violência doméstica e familiar. Na ocasião, as mulheres são orientadas sobre os seus direitos, e se descobrem no ciclo de violência doméstica na maioria das vezes. Um dos objetivos, também, é enfrentar as variadas violências a que estão expostas as mulheres nas ruas.

Leia Também:  Lan Lanh dá show de fofura com gêmeas e atriz, Nanda Costa: “Carrossel de Família!!”

Os assédios e abusos sexuais fazem parte da rotina diária do universo feminino. Através de mutirões de atendimento, audiências públicas, seminários, videoconferências, lives e participação em reuniões estreitam-se laços sociais e atuações.

A mulher, em todo e qualquer relacionamento, íntimo de afeto ou não, é vulnerável. O contexto histórico e patriarcal, aliado à religiosidade, fazem com que elas mereçam atenção diferenciada, necessitando de ações e leis afirmativas a atuar em prol delas. E como negar o que é real? A violência contra a mulher existe não só dentro de casa, na forma de abusos físicos, patrimoniais, sexuais, psicológicos e morais, mas, também, na esfera institucional, obstétrica, situação prisional, racial, e por aí afora…

A violência também acontece na esfera institucional, quando um órgão ou agente público, no exercício de função pública, através de ação ou omissão, viola os direitos delas. A violência institucional se revela através de discriminações de gênero, raça e etnia. Podem ocorrer no âmbito da saúde, do sistema prisional, do sistema de justiça e das instituições de segurança pública. O que mais precisamos para o momento é que as mulheres possam conhecer os seus direitos, para que sobrevivam à violência, e possam ser as agentes de mudanças em suas vidas.

Leia Também:  Ministro do STF rejeita novo recurso da AGU e mantém suspensão de posse de Ramagem no comando da PF

Em fevereiro do corrente ano, a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso criou o GAEDIC Mulher, que se constitui em um grupo de atuação estratégica em direitos coletivos para atuar na defesa dos direitos humanos das mulheres em âmbito estadual. É composto por cinco membros: quatro defensoras públicas e um defensor público. A atuação estratégica exige a identificação de ações relevantes e convergentes em busca de novos horizontes.

Os números estão a demonstrar a necessidade de atuações neste sentido em prol da população. Não raras vezes é possível se deparar com situações a ‘ferir’ as mulheres como um todo.

É perceptível a importância da defesa da mulher exercida pela Defensoria Pública. A vulnerabilidade está a perseguir segmentos, tal como as mulheres.

O olhar diferenciado é premissa perseguida, mesmo porque, a Organização Mundial de Saúde – OMS – entende como epidemia a violência contra as mulheres, demandando o combate de forma eficaz. Convenções internacionais dilucidam a acuidade em se vigiar quanto à segurança e o acesso das mulheres à justiça. Enfrentar o machismo estrutural é questão a ser tratada, inclusive, como forma de prevenção e erradicação, principalmente sabendo que a intersecção de raça, classe, sexualidade e gênero estão a extrapolar barreiras.

Em defesa delas, sempre. A Defensoria Pública estará a postos no combate à misoginia e no amparo ao gênero feminino!

Rosana Leite Antunes de Barros é defensora pública estadual.

Fonte: MidiaNews

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

CIDADES

POLÍTICA

MULHER

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA