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MARCELO NEVES

O nascimento de um Gigante

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MARCELO NEVES

O Campeonato Mato-grossense de 2025 terminou no último sábado (29) com uma conquista inédita. O Primavera bateu o milionário Cuiabá em plena Arena Pantanal e conquistou seu primeiro título estadual de sua história. Uma história que começou em 2022, e que já em seu segundo ano de existência, venceu a segunda divisão estadual.

O Gigante Roxo, como é conhecido, se profissionalizou em 2021 e no ano seguinte disputou sua primeira competição estadual sendo eliminado ainda na primeira fase. Um elenco com mais de 60% oriundos da própria cidade de Primavera do Leste.

Podemos até comparar o início do Primavera com o início do Cuiabá em sua vitoriosa trajetória que fundado em 2001, conquistou seu primeiro título dois anos depois, assim como o Primavera fez agora. E se o Cuiabá é um clube a ser seguido pelo Primavera, que seu futuro reserve o mesmo sucesso do Dourado.

Mas a história do clube não começou em 2021, ela é um pouco mais antiga, se é que podemos dizer assim. O início de suas atividades foi em 2010 como uma escolinha de esportes, que além do futebol incluía o vôlei em suas atividades. E mesmo desta forma, tem se mostrado um clube com os pés no chão e que não se deslumbra com o sucesso meteórico.

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Em todas as entrevistas, o presidente Bruno Manfio, enfatiza sempre que o Primavera transita por uma caminho sólido e de planejamento. Sabe que precisa melhorar as estruturas como o seu CT, recebe o apoio do município com a ampliação do estádio Cerradão e procura manter suas contas em dia junto de funcionários e elenco.

A conquista do título estadual não representa apenas levantar um troféu, mas sim a conquista de um calendário cheio para 2026 onde o Corujão pode alçar voos mais altos em sua recente história. Para o calendário de 2026, o Primavera terá, além do estadual, a Copa do Brasil, o Brasileiro da Série D e a Copa Verde, onde o campeão entra direto na terceira fase da Copa do Brasil do ano seguinte.

O clube mostrou nessa conquista que ficar jogando responsabilidade de derrotas para terceiros não é de seu feitio, é um clube que assume suas derrotas e seu fracassos, e que desta forma atinge seus objetivos esportivos. Tem uma cidade que abraçou o clube e que após 24 anos voltou a festejar um título estadual.

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Parabéns Primavera pelo título estadual, que seja apenas o primeiro de tantos que ainda virão.

 

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MARCELO NEVES

Mais um vexame. A culpa é de quem?

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Antes do baile aplicado para a Argentina em Buenos Aires, o futebol brasileiro levou um baile ainda maior no dia anterior. A reeleição do senhor Ednaldo Rodrigues para presidente da CBF por aclamação. Cargo que irá ocupar até o ano de 2030.

O futebol brasileiro está falido em todas as suas esferas, as conquistas recentes dos clubes é algo totalmente antagônico ao que acontece no prédio da CBF, onde todas as seleções de base colecionam fracassos atrás de fracassos, com uma estrutura reduzida, com um Ramon Menezes que até hoje não sabemos se foi demitido ou não e continua à frente das seleções de base.

Estamos próximos de mais uma Copa do Mundo e a seleção brasileira irá para o seu quarto treinador neste ciclo, e falo com toda a certeza que iremos para mais uma troca porque o Dorival está apenas cumprindo o seu aviso prévio após a goleada sofrida.

Mas antes de falarmos sobre Dorival, vamos antes saber quem manda na CBF atualmente. Para quem não conhece o senhor Ednaldo Rodrigues, ele é contador de formação e comandou a Federação Baiana de Futebol por 18 anos, fez alianças com ligas do interior e sempre teve uma relação conturbada com os clubes, principalmente Bahia e Vitória.

Foi por muito tempo um forte aliado de Ricardo Teixeira, sempre fez alianças políticas e pouco trabalhou pelo futebol, apesar de ter dado mais atenção ao futebol de base e feminino enquanto esteve na Federação Baiana. Mas sempre foi mais político do que um gestor de futebol.

E com esse perfil chegou ao comando da CBF, primeiro de forma interina e depois em definitivo, alterou estatuto da entidade para poder se perpetuar no poder, algo que conseguiu com a eleição da última segunda-feira (24) quando foi reeleito e com a possibilidade de mais uma reeleição onde irá permanecer até 2030.

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O futebol brasileiro passa por problemas de calendário, problemas de arbitragem, problemas de formação de jogadores e técnicos, um futebol feminino que fingem dar atenção, e ainda iremos sediar a Copa do Mundo Feminina.

A CBF encaminha duas mesadas para as federações, uma para que paguem seus custos e a outra para o presidente usar como bem entender. Uma verdadeira relação de compra de apoio escancarada, tanto que nenhum presidente de federação faz algum tipo de críticas ou oposição ao senhor Ednaldo. Alguém já viu o senhor Aron Dresch reclamar do calendário do futebol brasileiro? Eu nunca vi.

Há 11 anos sofremos a maior humilhação em uma Copa do Mundo, e dentro de casa, após a derrota por 7×1. Prometeram mudanças, prometeram profissionalismo, prometeram reestruturação do futebol brasileiro e o que vimos até então é um ambiente e um cenário ainda pior que aquele vivido em 2014.

O ciclo atual começou com um técnico interino e um devaneio do senhor Ednaldo esperando o Carlo Ancelotti que todos sabiam que não aceitaria assumir a seleção brasileira com essa estrutura atual. Após a saída do Ramon, Ednaldo colocou o Fernando Diniz  que acumulava a seleção com o Fluminense, onde se dizia ser apenas um interino à espera do Ancelotti, que renovou com o Real Madrid e ao ver que não teria o italiano no cargo, apelou para o técnico do momento Dorival Júnior.

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E sobre o trabalho de Dorival Júnior é algo que não se tira nenhum proveito neste tempo em que comanda a seleção. Até o momento, Dorival já convocou 57 jogadores em pouco mais de um ano de trabalho. Como comparação, Scaloni convocou 52 desde que assumiu a seleção em 2018. Isso só mostra que até hoje o Dorival não tem um time base, não tem uma cara e não tem uma identidade coletiva.

Não há convicção, não há coerência nas convocações e muito menos em suas escalações. Não existe respeito pelo momento dos jogadores em seus clubes e muito menos naquilo que mostram na seleção. Se o jogador vai mal, ele não é convocado novamente ou é substituído sem nenhuma explicação ou mesmo coerência ao escalar o substituto.

O Dorival que comanda a seleção é totalmente diferente daquele Dorival que fez bons trabalhos no Flamengo em 22 e São Paulo em 23 conquistando três títulos. Mas volto a repetir, ele não é o único culpado. Ele sofre do mal que todo treinador irá sofrer ao assumir a seleção: a estrutura atual da Confederação Brasileira de Futebol comandada pelo senhor Ednaldo Rodrigues.

Quem será o próximo? Apenas a cabeça do senhor Ednaldo poderá responder, afinal de contas, não existe uma diretoria de seleção da qual ele converse e com seu perfil centralizador, irá impor sua vontade de acordo com o clamor das redes sociais, as quais ele dá mais ouvidos do que aos profissionais que ele mesmo contratou.

Com isso, um minuto de silêncio para o futebol brasileiro.

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