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DR. FÁBIO ARGENTA

NOVO MECANISMO DE COMBATE AO COLESTEROL, NOVOS TEMPOS PARA O CORAÇÃO

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DR. FÁBIO ARGENTA

NOVO MECANISMO DE COMBATE AO COLESTEROL, NOVOS TEMPOS PARA O CORAÇÃO

 

No último Sábado estive, muito honrosamente, como convidado, participando de um seleto evento em São Paulo, do lançamento de uma medicação, injetável, revolucionária para o controle do colesterol.

 

O excesso de colesterol e triglicérides é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue existem dois tipos de colesterol:

* LDL Colesterol: conhecido como “mau colesterol”, ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento;

* HDL Colesterol: conhecido com “bom colesterol”, retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.

 

A avaliação do Colesterol com a finalidade de mensurar o risco cardiovascular é recomendada pelos programas de rastreamento populacional.

 

A medicação em questão se baseia em um mecanismo de ação inovador, chamado pequeno RNA de interferência, o qual é um processo que impede especificamente a produção de certas proteínas no citoplasma, sem a necessidade de editar os genes dessas proteínas. Portanto o RNA de interferência permite que a “receita” original da proteína (o DNA) permaneça preservada. Ou seja, seu efeito é duradouro, mas não permanente.

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A atuação é específica nos hepatócitos (fígado), impedindo a produção da proteína PCSK9, aumentando o número de receptores de LDL colesterol (mau colesterol) na superfície das células hepáticas, potencializando a remoção do LDL colesterol da circulação sanguínea. A redução média é de 52,3% nos níveis de LDL, possibilitando uma redução sustentada do LDL colesterol.

 

Enfim, pacientes de com doença aterosclerótica e ou que sofreram infarto, AVC (derrame), doença arterial obstrutiva periférica e não atingem a meta de controle do LDL colesterol, apesar do uso da estatina (medicação de uso oral para o tratamento do colesterol), agora têm uma nova esperança no controle da doença cardiovascular, que é a principal causa de mortalidade mundial.

 

Pacientes intolerantes à estatina ou com dificuldades de adesão ao tratamento medicamentoso oral, também serão beneficiados com esta nova tecnologia. Serão duas doses de uma injeção subcutânea no abdômen, para um tratamento garantido o ano inteiro. Na era pós-covid, sopram ventos de boas novas, permitindo uma vida mais longeva e saudável, através do avanço da ciência em benefício do paciente.

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Fábio Argenta

Especialista em Cardiologia – SBC / AMB

Presidente da SBC MT

Membro Titular da Comissão Eleitoral e de Ética Profissional (CELEP) da SBC

 

 

 

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DR. FÁBIO ARGENTA

Clínicas Particulares de Vacinação complementam a Imunização oferecida pelo SUS

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Clínicas Particulares de Vacinação complementam a Imunização oferecida pelo SUS

Após mais de 10 anos de atuação no mercado de vacinas como CEO da Saúde Livre Vacinas que é hoje a maior rede de clínicas de vacinação do país (130 Clínicas em 23 Estados), Dra. Rosane teve a honra de ser eleita conselheira da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas). A ABCVAC desempenha um papel fundamental na promoção da imunização no Brasil, ajudando a conscientizar a população sobre a importância do tema e apoiando o desenvolvimento das clínicas de vacinação, que vêm ganhando um papel crescente na promoção da saúde dentro do país.

 

Ao longo da trajetória da Saúde Livre, tivemos o privilégio de testemunhar diariamente o impacto positivo que as vacinas têm na prevenção de doenças. Acredito que, agora mais do que nunca, é essencial discutir a importância dos imunizantes e como eles desempenham um papel vital em nossa saúde e na sociedade como um todo.

 

A parceria entre clínicas particulares e o Sistema Único de Saúde (SUS) na administração de vacinas tem demonstrado resultados notáveis na consolidação da luta contra doenças infecciosas. De acordo com dados do DataSus, em 2022, a taxa de cobertura vacinal atingiu 67,94%, o que significa que, de uma população de 214 milhões de habitantes, 150 milhões receberam doses. Nesse contexto, a ABCVAC estima que aproximadamente 8 milhões teriam se imunizado por meio da rede privada de saúde.

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Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, o SUS oferece uma ampla gama de vacinas, cobrindo mais de 20 doenças, incluindo sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, difteria, tétano, hepatite B, rotavírus, meningites, pneumonias e febre amarela. A rede privada, por sua vez, desempenha um papel complementar nesse cenário, inclusive em relação a vacinas que ainda não fazem parte dos programas de imunização do sistema público de saúde ou que estão restritas a determinados públicos via rede pública.

 

Nossa capacidade de complementar a vacinação pública é essencial, atingindo parte da população que não está dentro dos grupos prioritários do SUS. Além disso, a rede privada oferece imunizantes que não são disponibilizados pelo Estado, como a Pneumo 13 e Pneumo 15 (que protegem contra a bactéria Streptococcus pneumoniae, causadora de Meningite, Sepse, Bacteremia, Pneumonia e Otite média), a Meningo ACWY (que protege contra meningites dos tipos A, C, W e Y) e a Meningo B (que protege contra a meningite do tipo B).

 

Adicionalmente, a rede privada frequentemente tem acesso mais rápido a inovações na área de vacinação, como vimos recentemente com o lançamento da vacina contra o Herpes Zoster e a nova vacina contra a Dengue. Essas opções são importantes para garantir a prevenção de doenças em constante evolução.

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Contudo, o maior desafio que enfrentamos atualmente é o combate à desinformação. Mesmo assim, após a experiência da pandemia da Covid-19, observamos que as pessoas estão cada vez mais ávidas por informações. A maioria reconhece que a vacinação vai além de uma escolha individual, sendo uma questão de saúde pública essencial para proteger a população como um todo. A educação e o acesso à informação são cruciais para promover uma cultura de imunização consciente e responsável.

 

Dra. Rosane Orth Argenta, Conselheira da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacina) e CEO da Saúde Live Vacinas.

Dr. Fábio Argenta, Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia – MT e Membro Titular da Comissão Eleitoral e de Ética Profissional da Sociedade Brasileira de Cardiologia (CELEP Nacional).

 

 

 

 

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