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POLITÍCA NACIONAL

Comissão de Orçamento eleva recursos do Fundo Eleitoral para 2026

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POLITÍCA NACIONAL

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional elevou de R$ 1 bilhão para R$ 4,9 bilhões o valor reservado no Orçamento de 2026 (PLN 15/25) para as eleições do ano que vem.

O relator da instrução normativa sobre o assunto (IN 1/25), deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), disse que a proposta do Poder Executivo será ajustada para atingir o valor das eleições de 2024.

Emendas parlamentares
O governo já havia retirado R$ 1 bilhão das emendas de bancadas estaduais para atender o Fundo Eleitoral. Agora, foram retirados mais R$ 2,9 bilhões das emendas. O restante será cortado das despesas não obrigatórias.

Com isso, a reserva para emendas de bancadas passará de R$ 15,2 bilhões para R$ 11,2 bilhões.

Os ajustes serão feitos na Lei Orçamentária (LOA) de 2026. “O relator-geral do projeto de lei orçamentária de 2026 tomará as providências necessárias para o atendimento dessa instrução”, disse Isnaldo Bulhões.

LDO de 2026
O presidente da comissão, senador Efraim Filho (União-PB), adiou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 (PLN 2/25) para a próxima terça-feira (7). Segundo ele, ainda existem divergências entre os líderes de partidos sobre a votação do relatório final e dos destaques ao texto.

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A LDO orienta a elaboração e a execução da LOA.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

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POLITÍCA NACIONAL

Representantes do movimento negro apostam no papel reparador do Fundo Nacional da Igualdade Racial

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Representantes do movimento negro defenderam nesta terça-feira (30), em audiência pública na Câmara dos Deputados, a criação do Fundo Nacional de Reparação Econômica e de Promoção da Igualdade Racial, previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 27/24 e destinado a promover a igualdade de oportunidades e a inclusão social de pretos e pardos no país.

Ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo de Dilma Rousseff, a professora Nilma Gomes destacou o papel do fundo como reparador das consequências econômicas da escravidão no Brasil.

“Essa reparação econômica, de fato, em um país racista e desigual como é o Brasil, vai precisar de muitos esforços, de muita articulação e de objetividade. E a possibilidade de construção desse fundo é um dos caminhos”, disse.

O debate foi proposto pelos deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente e relator da comissão especial que analisa a proposta.

Pelo texto em análise na Câmara, o fundo será privado, administrado por um banco público federal e terá um conselho consultivo. Ele financiará projetos de promoção cultural, social e econômica para brasileiros pretos e pardos. O governo federal se comprometerá a destinar um mínimo de R$ 20 bilhões (R$ 1 bilhão por ano). Também haverá recursos de doações internacionais e outras fontes legais.

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Samuel Vida, que coordena o Programa Direito e Relações Raciais na Universidade Federal da Bahia, disse que muitas conquistas normativas atuais “não são operacionalizadas plenamente” na prática. Para ele, um dos problemas é que estados e municípios nem sempre acompanham o esforço federal no combate ao racismo.

“A PEC é muito bem-vinda, porque ela avança para assegurar que, do ponto de vista material e orçamentário, seja possível traduzir em ações concretas as leis existentes”, disse.

Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Consequências socioeconômicas da escravidão no Brasil e fundamentos para a reparação. Dep. Orlando Silva (PCDOB-SP)
Orlando Silva quer fortalecer o papel do conselho consultivo para garantir transparência ao fundo

Dívida histórica
Diretor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), da Unesp (SP), Juarez Xavier lembrou que o Estado moderno brasileiro se baseou na subcidadania e segregação racial, o que historicamente impediu a população negra de acessar recursos econômicos, sociais, culturais e políticos, além de educação e território.

Hélio Santos, professor e consultor de Responsabilidade Social Corporativa, usou dados para ilustrar o que chamou de “racismo inercial”, explicando que este tipo de racismo “está no piloto automático da sociedade” e funciona sem a necessidade de novas ações.

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Santos apresentou um dado alarmante: no ritmo atual, a igualdade de rendimentos entre brancos e negros só será alcançada em daqui a 376 anos (em 2399). Ele sugeriu que o fundo receba contribuições também de estados e municípios.

O relator da PEC, deputado Orlando Silva, concluiu que as contribuições reforçam a urgência de medidas reparatórias para a população negra e reconhecem a dívida histórica do Estado brasileiro.

Ele destacou a importância de debater a inclusão de estados e municípios nas contribuições, além da União, para ampliar a responsabilidade. E propôs ainda fortalecer o papel do conselho consultivo para garantir transparência e a participação da sociedade civil no monitoramento do uso dos recursos.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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