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ECONOMIA

Juros altos não afastam projeção para inflação maior em 2023

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Focus: Após alta nos juros, projeção de inflação para 2023 continua subindo
Luciano Rodrigues

Focus: Após alta nos juros, projeção de inflação para 2023 continua subindo

Os bancos e corretoras continuaram elevando suas expectativas de inflação para 2023 mesmo após a nova alta na taxa básica de juros, a Selic, anunciada pelo Banco Central (BC) na semana passada. A nova projeção é de 5,36%, contra 5,09% há quatro semanas, de acordo com o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (8). É a 18ª semana seguida de elevação.

Na última quarta-feira, o  Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic para 13,75% e deixou aberta a possibilidade de que a taxa chegue a 14% na próxima reunião.

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Com a  inflação nesse patamar em 2023, a projeção é de não cumprimento da meta de inflação, que é de 3,25% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p) para cima ou para baixo.

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Seria o terceiro ano consecutivo em que a meta não seria cumprida, já que o Banco Central já jogou a toalha para o cumprimento da meta de 3,5% deste ano. A projeção do Focus é de 7,11%, acima do teto da meta de 5%.

Para este ano, as projeções de inflação vêm caindo por conta de medidas como o corte de impostos e o teto para cobrança do ICMS dos combustíveis.

Juros e PIB inalterados

As projeções para a Selic e para o PIB neste ano e em 2023 continuaram inalteradas após os juros chegarem a 13,75% na semana passada.

Para a Selic, a projeção do mercado é que termine esse ano em 13,75% e para 2023, em 11%.

Já o PIB deste ano ficaria em 1,98% este ano, uma leve alta dos 1,97% esperados na semana passada. Em 2023, a projeção continuou em 0,40%.



Fonte: IG ECONOMIA

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ECONOMIA

BC só intervirá no dólar em caso de mau funcionamento dos mercados

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A incerteza econômica internacional agravou-se nas últimas semanas e, por enquanto, comprometeu a capacidade de o Banco Central (BC) antever os desdobramentos da crise, disse nesta quinta-feira (18) o presidente da instituição BC, Roberto Campos Neto. Ele concedeu entrevista coletiva ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que a autoridade monetária só intervirá no câmbio em caso de mau funcionamento dos mercados.

“O câmbio flutuante serve a um bom propósito. Nós achamos que, se você intervir contra algo que é estrutural, o que você faz é criar distorção em outras variáveis macroeconômicas. O câmbio flutuante serve a um bom propósito porque é um absorvedor de choques [econômicos externos]”, disse Campos Neto em Washington, após uma reunião de ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20.

Na avaliação do presidente do BC, atualmente existem três cenários: o prolongamento da incerteza, o retorno à normalidade após algumas semanas e uma continuidade da turbulência externa que gere uma “reprecificação” (revisão das estimativas econômicas) pelo mercado. Segundo Campos Neto, somente após alguma definição será possível haver uma reação por parte da autoridade monetária.

Para Campos Neto, o mercado financeiro global ficou mais sensível a dados da economia dos Estados Unidos e a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Isso levou à disparada do dólar nas últimas semanas, em reação ao aumento da demanda pelos juros dos títulos públicos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do planeta.

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Situação forte

O presidente do BC ressaltou que o Brasil está menos frágil que outros países emergentes porque tem as contas externas “muito fortes”, com alto volume de dólares entrando no país por causa das exportações. “Sim, o dólar forte é sempre um problema e pode gerar reação dos Bancos Centrais ao redor do mundo, mas, no caso do Brasil, vemos que a situação tem sido melhor”, declarou Campos Neto.

O ministro da Fazenda destacou que o planeta foi pego de surpresa com a mudança na rota do Fed. O Banco Central norte-americano pretende adiar para o segundo semestre o início da queda dos juros na maior economia do planeta por causa da inflação mais alta que o previsto nos Estados Unidos.

“Quando saiu a inflação brasileira de março, saiu meia hora depois a americana. Se você pegar o que aconteceu com o mercado nessa meia hora, dá para entender bem a mudança de humor”, disse Haddad. “Quando o mercado aposta forte, qualquer reversão de expectativa machuca muito o investidor, e o mercado estava muito comprado [apostando na queda do dólar], e com razão, na tese de que em algum momento no primeiro semestre o Fed começaria o ciclo de cortes”, acrescentou.

Juros

Em relação ao futuro da Taxa Selic (juros básicos da economia), Campos Neto disse que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) dependerá do nível de incerteza na economia global. “Dependendo do caminho, a gente vai ter, vamos dizer assim, uma reação. Mas não tem como antecipar muito o que vai ser feito porque a gente está num processo de reprecificação e a gente não tem ainda visibilidade do que vai acontecer.”

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Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos de 0,5 ponto desde agosto do ano passado. A próxima reunião do Copom ocorrerá em 7 e 8 de maio. Na reunião anterior, em março, o Copom tinha previsto um novo corte de 0,5 ponto, mas os investidores apostam que a redução pode ser de apenas 0,25 ponto, após a recente disparada do dólar.

Na quarta-feira (17), Campos Neto afirmou, durante a viagem aos Estados Unidos, que a manutenção da incerteza elevada pode significar uma redução do ritmo de afrouxamento monetário e até abre porta para uma nova alta nos juros nos próximos meses. Ele deu a declaração em uma reunião com investidores na capital norte-americana.

Nesta quinta-feira, o mercado teve um dia de estabilidade. O dólar comercial encerrou vendido a R$ 5,25, com alta de apenas 0,12%. A bolsa de valores de São Paulo fechou com alta de apenas 0,02%, após passar a maior parte do dia em queda.

Fonte: EBC Economia

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